JAG Residence

Coimbra, Portugal
2010 – 2014

The original building, dated from the early 1900s, revealed a very dilapidated structure denouncing the lack of maintenance it had been subject to over the years. The interior spaces were also non‑expressive of the new programmatic intentions. In contrast, the quality of its façades and abundant detail visible, for instance, in the windows animated with limestone details and Portuguese tiles, set the premises for a full restoration of the façade and roof to its glory days as a traditional Portuguese house.

Whilst the external envelope portrays a well-known story, what was set for the interior was of a completely different reasoning and disruption. To this end, the spatial organization is based on a central longitudinal body defined by two structural walls, which houses the stairs, bathrooms, storage and support spaces from basement to ground floor and circulation area on the first floor.

Living areas are placed on the entrance level, in close relation to the kitchen, and on the lower floor, visually opening to the exterior spaces of the plot. The first floor oversees the private spaces, the bedrooms, and a dressing area and bathroom, while the attic gains a habitable space filled with a new zenithal light, devoted to a space for study and work.

One of the new elements of the house can be found outside, almost imperceptible, on ground level, which is part of the new way of thinking the access to the house: the platform elevator.

The garage at the basement floor is accessed through this moving platform, a car elevator under one of the defining limestone slabs, which transports the vehicle directly to the interior of the house, and its occupant to the core of the new building. This intention of introducing new technologies adapted to a contemporary way of living while preserving the original façade is seen throughout the house in different moments, as exemplified by the sliding windows and shutters which, allowing for a perfect thermal and acoustic control, are concealed behind the thick exterior wall.

The materials play a decisive role in this project. The solid Riga wood flooring was specially designed to perfectly fit different locations, circulation areas, openings, with full lengths that extend from wall to wall.

The minimalist design of the interiors is held by the sober furniture design throughout the kitchen, bathrooms, and fixed furniture.

Small details make the life in the residence playful and reinforce the game of connections underlying its design. This is done through the zenith light that permeates all floors, by the small windows placed facing each other and allowing a visual connection between the childrens’ bedrooms, or even by the purposely unaligned oculus window. The basement sees its relation to the outside reinforced by new openings, putting in evidence the thick masonry walls.

All the exterior greenery was placed to ensure the privacy of the outdoor spaces, reinforcing a specific view from the interior.

Photography André Cepeda, do mal o menos

Habitar Portugal 2012-214, HP 12-14

Diogo de Castilho Architecture Prize Honourable Mention

Residência JAG

Coimbra, Portugal
2010 - 2014

 

O edifício original, datado do início do século XIX, revelava uma estrutura bastante delapidada que, ao mesmo tempo, evidenciava a falta de manutenção à qual havia estado sujeita ao longo do tempo. Os espaços interiores tão pouco expressavam as novas intenções programáticas. No entanto, em contraste, a qualidade das fachadas e a abundância de detalhes visíveis – sejam eles, por exemplo, as janelas adornadas com pormenores em pedra calcária, ou as tradicionais telhas portuguesas –, definiram as premissas para a renovação completa da fachada e do telhado para que regressasse ao seu ilustre estado de casa tradicional portuguesa.

Enquanto o envelope exterior retracta uma história conhecida e antiga, o interior procura descontinuar este raciocínio, aproximando-se de uma narrativa que busca a disrupção desse conceito. Dado este princípio, a organização espacial baseia-se num corpo central e longitudinal, delimitado por duas paredes estruturais e que alberga as escadas, instalações sanitárias, arrumos e fornece apoio aos espaços desde a cave ao primeiro andar.

Um dos elementos da obra encontra-se no exterior do piso térreo, sendo quase imperceptível, e faz parte de uma reflexão inserida nos tempos modernos, sendo compatível com formas contemporâneas de pensar os acessos e a relação das tecnologias com a casa: trata-se de uma plataforma elevatória para o automóvel aceder ao interior da habitação.

O acesso à garagem situada no piso da cave é, assim, feito através de um elevador que se encontra sob uma das lajes de pedra calcária do exterior do piso da entrada, transportando o veículo e o seu utilizador directamente para o núcleo do edifício. Esta intenção de introduzir tecnologias modernas adaptadas a uma forma de viver contemporânea, enquanto se preservam traços tradicionais da vida antiga, é sugerida noutros momentos da casa, como exemplificado pelas janelas de correr e as portadas, ocultadas atrás da espessa parede que separa o interior do exterior, e que permitem um controlo térmico-acústico ideal.

A escolha dos materiais também desempenha um papel decisivo nesta obra. As sólidas tábuas de madeira de riga foram desenhadas para encaixarem perfeitamente em todas as divisões, áreas de circulação e vãos, com comprimentos que conectam duas paredes delimitadoras das extremidades dos espaços.

O desenho minimalista do interior é sustentado pela sobriedade do mobiliário fixo e desenhado para os vários espaços da casa, incluindo a cozinha e as zonas de banho.

Pequenos detalhes permitem que a vida quotidiana da casa seja mais lúdica e dinâmica, reforçando o jogo de conexões subjacentes ao seu desenho como um todo. Há uma entrada de luz zenital que permeia os dois pisos superiores, através de duas janelas colocadas frente a frente no interior dos dois quartos das crianças, possibilitando conexão visual entre estes, e atravessadas pela luminosidade proveniente de uma janela ocular propositadamente desalinhada. Por outro lado, a cave vai ver a sua relação com o exterior, reforçada através de novas e generosas aberturas que evidenciam a espessura das paredes de alvenaria. Todos os elementos verdes do exterior foram pensados para assegurar a privacidade dos espaços familiares e uma vista enquadrada desde o interior.

 

Fotografia André Cepeda, do mal o menos

Habitar Portugal 2012-14, HP 12-14

Prémio Municipal de Arquitectura Diogo de Castilho - Menção Honrosa

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